Tolas Imaginações

Quando paramos para pensar sobre a quantidade de tempo que gastamos em imaginações e fantasias cujo único objetivo é mudar a maneira como outras pessoas se comportam, ou agem, com relação a nós mesmos, nos damos conta do quanto desperdiçamos, futilmente, da preciosidade do viver.
As lucubrações inventadas com tal objetivo são um perigoso redemoinho de autoilusões enganosas, talvez até esperançosas, mas inférteis por natureza, desatinadas por prepotências e absurdas por suas desumanidades.
Tais delírios são uma sutil areia movediça na qual, gradualmente, a pessoa se afunda em suas insensatas pretensões de achar que pode mudar os outros, ou por não aceitar as pessoas, ou situações, como elas são.
Indubitavelmente, este é um esburacado dreno que desperdiça sublimes e importantes momentos da curta jornada individual, os quais poderiam ser alocados para uma caminhada pavimentada por mais liberdade, por mais amor e por mais sabedoria.
Ou seja, enquanto a imaturidade cognitiva e a debilidade emocional de querer mudar, ou culpar, o mundo e os outros permearem a psique individual, o ser humano continuará aprisionado num pútrido lamaçal de aflitivas dores, emocionais desamores e existenciais maus odores.
Enquanto isto, o tempo, como um silencioso e ávido cupim, vai extinguindo continuamente a nobreza do jacarandá da vida.
PS: Para citar este libertador pensar:
Cargnin dos Santos, Tadany. Tolas Imaginações