Olhos, Ventanas Anímicas

Nos olhos nos encontramos porque eles são a janela da alma.

Algumas dessas janelas gritam horripilantemente, elas são alto-falantes de lembranças penosas.
Outras possuem decorações luxuosas, elas são entradas de fantasias majestosas que iluminaram momentos vividos.

Algumas cantam melifluamente, elas são instrumentos de canções que encantaram a essência.
Outras possuem o ar lúgubre do abandono, elas são carcaças de um vazio que não consegue mais ser preenchido.

Algumas são alegremente coloridas, elas lembram da profusão da arte do viver.
Outras estão em construção, elas ainda não decidiram se terminam de erigir suas edificações.

Algumas são minúsculas e pálidas, elas são minguadas pela escassez de suas miseráveis cognições.
Outras são portais que revelam a plenitude do olhar, elas são oráculos que encantam e libertam a percepção.

Na janela da alma, os olhos revelam o âmago das individualidades, suas felicidades, suas adversidades e suas pluralidades.

PS: Para citar este Poema:
Tadany. Olhos, Ventanas Anímicas.