Na natureza
Com frequência, na natureza, me encontro.
Sinto como se ela tivesse toda minha essência plasmada em sua grandiosidade ou, talvez ainda mais correto, sua plenitude permite que minha pequenez seja amplamente encontrada nela.
Então, por vezes, sou leve como a folha que voa com o vento.
Doce e prazeroso como fruta madura.
Fluido e corajoso como o rio que desce a ribanceira.
Livre e expansivo como nuvens.
E exuberante como uma flor desabrochando.
Mas também tenho espinhos guardados,
Alguns que machucam e outros que me protegem.
Possuo algumas durezas tão sólidas como um inquebrantável caroço.
Tenho algumas raivas tão intensas e incontroláveis como avalanches.
Assim como alguns defeitos de estrutura que o ambiente aceita como parte de sua formação.
E assim, quanto mais observo, mais me encontro na natureza.
E, naturalmente evoluindo, percebo o aflorar desta essência,
Seja nas estações da alma como na grande estação existencial.
Então, naturalmente vivo,
Vivo a vida que a natureza me ensina.
PS: Para citar este natural poema:
Cargnin dos Santos, Tadany. Na Natureza.