Meu melhor amigo e pior inimigo, eu mesmo.

Tadany Cargnin dos Santos
2 min readJan 9, 2024

Sou meu melhor amigo, mas também posso ser meu pior inimigo.

Nesses casos, o que provavelmente muda entre as pessoas é o grau em que elas vão em qualquer direção? Quantas vezes eles ficam de cada lado? Qual é a sua preferência predominante? E com que frequência elas mergulham em cada uma dessas situações?

Em minha vida, confesso que fui muito fundo em ambos os lados, regozijei-me exuberantemente nos fascinantes pináculos da alegria, assim como rastejei desesperadamente nas cavernas enlouquecedoras e horripilantes do desespero e da desorientação.

Nesse processo, aprendi que a partir de certo ponto, o qual é um limite que define um nível de altíssima intensidade, tanto na felicidade máxima quanto na miséria deplorável, tendemos a ter sentimentos muito semelhantes, ou seja, em qualquer um desses extremos, nos sentimos completamente dominados pelos sentimentos, o que significa que elas parecem controlar nossas emoções e comportamentos.

E tais manifestações emocionais são uma espécie de entorpecimento sobrenatural que transcendem nossas próprias vidas comuns e faz o que quer conosco, como se fôssemos meros fantoches de uma força desconhecida.

Felizmente, as experiências vividas em ambos os extremos são temporárias e, eventualmente, recuperamos nossa lucidez. Porém, depois dessas “aventuras”, nunca mais somos os mesmos, pois provamos o néctar do desconhecido, alcançamos níveis interiores que não sabíamos que existiam.

Além disso, embora estejamos expostos a esses intenso momentos, poucas pessoas se dão ao trabalho de analisá-los e aprender com eles, mas aqueles que o fazem, definitivamente se aproximam cada vez mais da compreensão de seus próprios anjos ou demônios, que é a porta que conduz ao palácio da sabedoria.

Um palácio onde os extremos amigos e inimigos são iguais, pois nada mais são do uma parte integrante de mim mesmo. De um Eu lúcido e objetivo que aprende a assistir aos sentimentos como quem assiste à um interessante filme, com curiosidade e leveza, mas sem deixar-se levar pelas flutuações da história.

Eis o Eu Livre, tanto com os amigos e os inimigos.

Como citar este Pensamento:
Cargnin dos Santos, Tadany. Meu melhor amigo e pior inimigo, Eu mesmo.

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Tadany Cargnin dos Santos

Spirituality. Poetry. Evolution. Philosophy. Wholeness. Divinity. Art.