A Nossa Intrínseca Crença

A única crença irrevogável e natural de nossas essências é no absoluto, todas as outras são devaneios limitados que confundem e entorpecem o entendimento humano.

Todas as buscas de nossa caminhada são em direção à plenitude, à liberdade e à sapiência, mas elas são desviadas por distrações múltiplas que entretêm e despistam a nossa busca original.

Qualquer pensamento, palavra ou ação possui em si o intrínseco desejo de ser imortal e pleno, pois esta é a natureza humana e, como consequência, frente a tão magnânima essência, os pensares e pesares cotidianos revelam-se enfadonhos pois descrevem a efemeridade e inutilidade das ações mundanas.

Mesmo assim, em nossos incansáveis e inatos âmagos, seguimos tentando tão sublime percepção de inteireza e contentamentos noutras, e mais outras, e mais outras ideias, vocábulos ou atividades que, eventualmente, nos frustram, esgotam e desgostam.

E este ciclo de esperanças e desapontamentos acontece até o dia em que, após tantos espinhos e descaminhos, assim como a exposição a sábios ensinamentos, entendemos que a preciosa joia de busca espiritual não está em lugares externos, sejam eles pessoas, situações ou locais, mas sim que está imbuída nos mais íntimo de manifestação pessoal e que, por ser tão essencial, instiga cada pensamento, cada palavra e cada ato individual.

E assim, quanto mais uma pessoa investiga, objetiva e lucidamente, sobre sua natureza, mais simples, unidirecional e libertadora se torna sua peregrinação por este fantástico, mas temporário, caminho que chamamos de vida.

Como citar este Pensamento:
Cargnin dos Santos, Tadany. A Nossa Intrínseca Crença.